No início do século XX, lorde Kelvin disse que havia pouca coisa na natureza para ser descoberta, que a única coisa que precisavam era de medições cada vez mais e mais precisas.
Puro engano! Poucas décadas depois, o aparecimento da teoria da relatividade e da mecânica quântica trouxeram um redemoinho para todo o conhecimento tido até então, e cada nova descoberta parece que desvenda um universo mais amplo e diferente do que costumávamos entender.
Por mais que tenhamos significativos progressos científicos, ainda há mistérios que fazem muitos cientistas queimar os neurônios para tentar resolvê-los. Vamos ver quais são!
Por que há mais matéria do que antimatéria?
Essa questão vem sendo investigada pela comunidade científica nas últimas décadas, porém sem respostas consistentes.
Quando pensamos nas coisas ao nosso redor, podemos pensar sob uma perspectiva simétrica, ou seja, para cada coisa existente, deve haver uma oposta.
Como sabemos, matéria é tudo o que tem inércia e ocupa um lugar no espaço, consistindo de partículas que apresentam massa e volume.
Algumas partículas são familiares para nós, como é o caso dos prótons, que apresentam carga positiva, nêutrons, que não apresentam cargas, e elétrons, que apresenta carga negativa, e que através de suas combinações formam átomos, nossos exemplos de matéria.
Contudo, há a existência de partículas opostas a estas citadas, que são o antipróton (de carga negativa), o antinêutron e os pósitrons (elétrons de carga positiva), estas antipartículas são algumas das chamadas de antimatéria.
Quando matéria e antimatéria se encontram, elas se aniquilam. Assim, se pensarmos que tudo foi criado simetricamente, não deveria existir nada!!!
Por alguma razão, isso não ocorreu, tanto que você está aqui lendo este artigo.
E isto é justamente o que intriga os cientistas, o porquê de haver surgido mais matéria do que antimatéria no início dos tempos.
Pesquisas publicadas em 2015 comprovaram que matéria e antimatéria são opostos simétricos, mas forneceu nenhuma outra pista da razão de as coisas serem como são e o mistério permanece!
Sonoluminescência
Nem todos os mistérios da ciência existem no mundo quântico e invisível para nós, alguns deles ocorrem em “nosso mundo”; a sonoluminescência é um desses casos.
Quando a água é atingida por ondas sonoras bolhas se formam. Estas bolhas são zonas de baixa pressão cercada por regiões de alta pressão; essa diferença faz com que a bolha colapse e, quando isso ocorre, as bolhas emitem luz que dura microssegundos.
Ainda não está claro qual é a fonte da luz. Há algumas teorias que discute várias hipóteses, entre elas a possibilidade de que pequenas fusões nucleares ocorrem durante esse colapso da bolha.
Um dos problemas é que as fusões nucleares são reações que ocorrem em altíssimas temperaturas, como as que acontecem no interior do Sol.
Assim, físicos realizaram medições das temperaturas dentro dessas bolhas quando o colapso ocorre e elas são da grandeza de milhares de graus Celsius.
Contudo, por mais que seja uma teoria plausível, ainda não há uma explicação definitiva para saber como ondas sonoras são capazes de produzir luz.
Constantes fundamentais
Sabemos há grandezas dimensionais, que são aquelas que apresentam uma unidade associada a elas, como ocorre com a grandeza comprimento cuja unidade é o metro, e há grandezas adimensionais, que não apresentam unidades associadas, como acontece com a densidade relativa.
A mesma situação ocorre com as constantes usadas na física, temos constantes dimensionais, como a velocidade da luz, que pode ser medida e determinada e apresenta m/s como sua unidade.
Já uma constante fundamental é uma constante independente de um sistema de medição, logo não apresenta uma unidade associada a ela.
No modelo padrão, que é o aceito atualmente na ciência, há 25 constantes fundamentais.
Uma delas é a constante de estrutura fina, que governa as forças de interações magnéticas, sendo seu valor de 0,007297. Se esse valor fosse diferente, não existiria matéria estável.
Outras constantes fundamentais são a que é relacionada a força forte, o número de prótons e elétrons no universo, a constante gravitacional de acoplamento, entre outras.
Os cientistas adorariam descobrir o porquê essas constantes têm os valores que têm, porque se elas fossem apenas um pouco diferente do que são, poderíamos não estar aqui!
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