Vários eventos relacionados a erros de projetos já ocorreram em maior ou menor escala ao longo da história da humanidade.
Estes erros já foram muito mais recorrentes, pois no passado haviam muitas limitações, sejam na análise, fabricação, construção ou outros fatores.
Porém, sempre houve um movimento para tentar expandir o conhecimento e aprimorar e agregar técnicas aos mais diversos empreendimentos e isso fez com que a humanidade pudesse obter várias conquistas incríveis.
Contudo, ainda com esses avanços, alguns erros ocorrem fazendo com que sejam gerados grandes prejuízos.
Hoje vamos discutir outros três projetos que trouxeram muitos problemas para seus projetistas:
Navio de Guerra Vasa
A criação do navio de guerra Vasa foi bastante problemática, pois houveram várias alterações do projeto durante sua fabricação.
Com capacidade para 300 soldados e muito poder de fogo, ele carregava 64 canhões de 24 libras, além de outras armas de menor poder.
Estudos da década de 1960 demonstraram que o navio era assimétrico, sendo o lado esquerdo maior que o direito, isso porque os construtores da época estavam usando trenas/réguas calibradas por padrões diferentes.
Arqueologistas descobriram que parte delas estava calibrada no ‘pé sueco’ que tinha 12 polegadas e outra parte estava calibrada no ‘pé holandês’, que tinha 11 polegadas.
Estes, entre outros fatores, colaboraram para que o Vasa naufragasse depois de cerca de 1.300 m navegados a partir do porto no dia de sua inauguração, causando a morte de pelo menos trinta pessoas.
Para complicar a situação, medições de centro de gravidade e estabilidade não eram conhecidas na época, fazendo da navegação um método de tentativa e erro; isso fazia com que apenas o capitão de cada navio soubesse de suas características para poder manobrá-lo em alto-mar.
Big Ben
O grande sino da torre Elizabeth deu muita dor de cabeça na sua instalação e primeiros momentos de uso.
Fabricado em 1856, o sino foi testado por vários dias até que no dia 17 de outubro de 1856 surgiu uma trinca de 1,20 m.
Várias discussões foram feitas para encontrar o culpado, disseram que havia erro de projeto na composição da liga metálica usada, no diâmetro do sino e até na massa do martelo que era usado para badalar, que foi quase duplicada.
Um segundo sino foi fabricado quase dois anos depois, mas imagina o que aconteceu? Em setembro de 1859, o novo sino também rachou e deixou o Big Ben em silêncio por quatro anos!
Em 1863 algumas decisões foram tomadas para interromper o silêncio do grande sino, ele foi girado um quarto de volta para o martelo bater em outro ponto, um pequeno furo foi feito para evitar que a trinca continuasse a aumentar e o martelo foi trocado por outro mais leve.
Assim, o sino marcou as horas ininterruptamente por mais de 150 anos, até que em 2017 parou para um plano de manutenção geral da torre Elizabeth e a expectativa é que novo silêncio dure até o ano de 2021.
O Espelho do Telescópio Hubble
O telescópio Hubble foi um projeto caro e ambicioso, cujo objetivo era observar o universo de uma forma nunca antes vista.
Custando a bagatela de 1,5 bilhão de dólares, ele colocado em órbita no ano de 1990 e assim que seus equipamentos foram ligados, os problemas apareceram: as imagens estavam todas embaçadas!
A fonte desse erro era o espelho primário tinha uma falha de fabricação chamada de aberração esférica, que é quando nem todos os feixes de luz atingem o ponto de foco (ponto focal) do espelho, e isso fez com que as imagens não fossem nítidas.
Qual a magnitude desse erro que poderia fazer com que todo esse projeto de bilhões de dólares fracassasse? Míseros 0,002 milímetros! Isso mesmo, isso é o equivalente a um comprimento 50 vezes menor que a espessura de uma folha de papel!
Felizmente os cientistas e engenheiros estavam lidando com um problema conhecido e através de uma série de missões eles conseguiram reverter esse quadro e confirmar que o telescópio Hubble foi um dos melhores instrumentos criado pelo o homem para desvendar mistérios do espaço!
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Fontes:
Why The Vasa Sank: 10 Lessons Learned
The Great Bell – Big Ben
Fixing Hubble’s Blurry Vision