Conhecendo a História da Tabela Periódica

A tabela periódica atual foi um marco para a ciência, conquistado por Dmitri Mendeleev, que passou por um processo de atualização, posteriormente.

Antes dele, alguns cientistas já vinham tentando categorizar os elementos com base em suas propriedades; como aconteceu com Antoine Lavoisier que agrupou os elementos conhecidos até então em gases, não-metais, metais e terrosos, por volta de 1789.

Em 1809, pelo menos 47 elementos químicos eram conhecidos e os cientistas de então, começaram a perceber padrões de comportamento neles.

1860, uma lista foi apresentada contendo as massas atômicas na conferência de Karlsuhe, sendo a mais precisa até então, e após isso, progressos foram atingidos na categorização dos átomos.

John Newlands

Em 1863, o número de elementos descoberto havia subido para 56 e o químico inglês John Newlands (1837 – 1898) os dividiu em grupos, conforme as características que eles demonstravam.

Newlands organizou os elementos em ordem crescente de massa atômica e percebeu que a cada sete elementos as propriedades físicas e químicas se repetiam.

Com isso, ele notou uma periodicidade que o levou a propor a lei das oitavas.

H
(1)
Li
(7)
Be
(9)
B
(11)
C
(12)
N
(14)
O
(16)
F
(19)
Na
(23)
Mg
(24)
Al
(27)
Si
(28)
P
(31)
S
(32)
Cl
(35)
K
(39)
Ca
(40)
Cr
(42)
Ti
(48)
Mn
(55)
Fe
(56)

Por essa lei, se considerarmos o lítio (Li) como o primeiro elemento da análise, o oitavo será o sódio (Na) e de fato os dois apresentam propriedades físicas e químicas similares.

O mesmo ocorre para o oxigênio (O) e o enxofre (S), para o flúor (F) e o cloro (Cl) e outros.

Essa periodicidade se deu de sete em sete elementos, e não de oito em oito das antigas famílias 1A até 8A, porque nessa época os gases nobres ainda não eram conhecidos.

Contudo, essa tabela apresentou algumas inconsistências em sua construção, como a posição do ferro (Fe) juntamente com o oxigênio e o enxofre, ou seja, um metal juntamente com dois não-metais, gerando resistência na aceitação deste modelo.

Julius Lothar Meyer

Julius Lothar Meyer

Meyer foi outro químico que buscou organizar os elementos químicos conhecidos e entre os anos de 1864 e 1870 fez várias propostas de categorização.

Sua primeira tabela continha apenas 28 elementos – metade do que era conhecido na época – e foram organizados pelo número de valência.

Com o desenvolvimento de sua tabela, ele foi adicionando outros elementos e, em 1968, ela estava organizada pela ordem do número de massa atômica, numa estrutura bem parecida com o modela de tabela que usamos atualmente, que foi proposta por Mendeleev.

Infelizmente, ele só publicou sua proposta de tabela um ano depois que Mendeleev.

Dmitri Mendeleev

Dmitri Mendeleev

Em 1869, Mendeleev propôs seu modelo de tabela periódica, cinco anos depois de John Newlands e um ano antes de Julius Lothar Meyer.

Igualmente aos demais, sua tabela estava organizada conforme o crescente valor do número de massa – prótons, nêutrons e elétrons ainda não eram conhecidos até então, por isso os elementos não eram listados conforme o número atômico.

No início, os elementos que tinham as mesmas propriedades estavam dispostos na mesma linha, mas posteriormente Mendeleev inverteu esse critério para as colunas.

Quando um elemento da sequência não atendia às mesmas propriedades dos outros elementos na coluna, Mendeleev movia-o para uma posição que aquele elemento apresentava propriedades equivalente aos demais.

Por exemplo, com base nos elementos conhecidos e sua massa atômica, o flúor deveria está em outra posição em relação à atual, mas considerando suas características, ele foi colocado na posição que está juntamente com os demais halogênios.

Essas mudanças de posições fizeram com que lacunas aparecessem na tabela proposta por Mendeleev.

E isso foi justamente o que mais deu crédito à sua proposta, pois permitiu que o químico realizasse a previsão de novos elementos que preencheriam esses espaços.

E foi justamente o que aconteceu, 15 anos depois de sua tabela, três novos elementos foram descobertos e atendiam as previsões de massa e propriedades antevistas por Mendeleev. Estes elementos foram o gálio (Ga), escândio (Sc) e o germânio (Ge).

Todas estas evidências contribuíram para fazer da tabela de Mendeleev a base das tabelas atuais.

Contudo, ele nunca ganhou um prêmio Nobel, mas o 101º elemento foi nomeado em sua homenagem, o Mendelevium (Md).

A tabela periódica de Mendeleev é a referência para a tabela periódica moderna, apenas uma mudança sutil naquela foi feita.

Como não havia ainda o conhecimento das partículas subatômicas (próton, nêutron e elétron) a tabela de Mendeleev era baseada no número de massa atômica.

As tabelas modernas usam o número atômico para definir a organização de seus elementos; essa mudança simples fez pequenas alterações na tabela de Mendeleev, com o rearranjo de uns poucos elementos, mas a proeza conseguida por Mendeleev foi realmente maravilhosa!


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Fonte
Development of the periodic table